Inovação aberta em projetos do governo é debatida em painel na Gramado Summit
Desafio do Tesouro e programa LabPiá foram destaque no primeiro dia de programação
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O Desafio do Tesouro e o papel do Laboratório de Inovação Aberta do Estado (LabPIÁ RS) foram debatidos na Arena de Conteúdo da Gramado Summit, na tarde desta quarta-feira (4). O evento, que acontece no Serra Park até sexta (6), é correalizado pelo governo do Estado.
Para Marcelo Lopes Flores, chefe da Divisão Financeira de Orçamento da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), “quando falamos em inovação aberta, estamos falando de trabalho colaborativo. O governo, pelo seu tamanho, precisa trilhar um caminho em conjunto. Sabemos que a solução que muitas vezes não temos, a iniciativa privada pode ter, assim como a sociedade civil ou as universidades, por exemplo. Por isso, estamos trabalhando com desafios a serem solucionados”.
A iniciativa Desafio do Tesouro está inserida no contexto apresentado por Flores e teve origem no Programa de Inovação do Tesouro (PIT), que busca promover a integração entre diferentes entidades e setores da sociedade. O objetivo é encontrar soluções para demandas envolvendo pensões alimentícias, que representam 3,6 mil atendimentos por ano. Esse será o projeto-piloto do LabPIÁ RS, que tem foco em compras públicas pela inovação.
“Na Fazenda, temos dezenas de questões a serem tratadas, e a folha de pagamento é uma delas. Há muitas demandas, e alguns processos ainda são manuais”, explicou Jeferson Rech Padilha, assessor de Inovação na Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Padilha ainda salientou que a ideia é expandir o projeto. “Vamos aprimorar esse desafio como projeto-piloto no processo de pensões alimentícias, visando reduzir a necessidade de internação humana e testar novas tecnologias e o uso de inteligência artificial. Escolhemos esse piloto e, ele dando certo, usaremos o mesmo modelo para atender outros processos, e assim liberaremos servidores para atuarem em outros tipos de tarefas”, frisou.
O objetivo do LabPIÁ RS, programa da Sict e da Secretaria Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), é utilizar o poder de compra do Estado para fomentar a inovação, modernizar os serviços públicos e fortalecer o ecossistema de inovação. Através de chamadas públicas, ele vai viabilizar a cocriação, a experimentação e a implementação de novas soluções, visando tornar o setor público mais eficiente e gerar oportunidades para empresas inovadoras.
“Nos demandem com problemas que vamos nos sentar e ver se conseguimos encaixar em uma compra de inovação. Os problemas não precisam ser os mais complexos. Precisamos repensar as compras, se elas podem ser feitas de outras formas. Temos que abrir a mente para saber o que existe ao buscarmos soluções, e isso se faz com desafios”, comentou Kethy Helen de Souza Bazo, diretora do departamento de Planejamento de Licitações da Subsecretaria da Administração Central de Licitações (Celic), vinculada à SPGG.