Oportunidades e incentivos para atrair startups foi o tema abordado pela secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, no segundo dia do GovTech Summit POA. O evento, realizado na Nau Live Spaces, em Porto Alegre, tem patrocínio do governo do Estado e debate inovação tecnológica no poder público. 

Na conversa com o secretário de Inovação de Porto Alegre, Luiz Carlos Pinto, Simone destacou que o RS é, hoje, o quinto colocado em número de startups no Brasil, apresentando um crescimento de 73% de 2021 para 2022. Entre os avanços que possibilitam tal resultado, ela citou a Lei Gaúcha de Inovação, aprovada em 2021, que permite que muitos processos envolvendo o ecossistema de startups aconteçam de forma mais acelerada e eficiente.  

“Além da legislação adequada para aproximar startups e o governo, temos programas na Sict que trazem oportunidades para fortalecer as startups em número e qualidade”, pontuou Simone. O Inova RS, como disse a secretária, trabalha a lógica dos ecossistemas regionais de inovação — o estado está dividido em oito regiões, e todas contam com gestores de inovação e tecnologia. “O Inova RS auxilia as startups na relação com outros atores, como empresas, indústrias, poder público”, complementou. 

Outro programa importante, segundo a secretária, é o Startup Lab, que faz a aproximação entre startups e médias e grandes empresas por meio de uma metodologia inspirada no Instituto Hélice, de Caxias do Sul. Nas diferentes regiões do estado, afirmou Simone, empresas consolidadas têm compreendido essa iniciativa e estão dispostas a resolver seus problemas e desafios com a ajuda de startups. 

Derivada do Startup Lab e surgida durante o South Summit Brazil, a Rede RS Startup é mais uma iniciativa focada nesse ecossistema. “Estamos criando um ambiente que favoreça a relação entre os diferentes atores para beneficiar as startups. Neste ano, lançamos a plataforma virtual para compreendermos o potencial de startups de diferentes áreas no nosso estado”, explicou Simone. 

O secretário Luiz Carlos Pinto enfatizou o papel do estado e dos municípios nessa aproximação com as startups, mas lembrou que também cabe a essas empresas se conectarem com programas e ações dos governos. “O poder público precisa eliminar barreiras, e as startups precisam aproveitar esses ambientes que centralizam informações sobre eventos, chamadas de inovação, e não perder as oportunidades”, apontou.